Reforma da Previdência: novas regras para calcular aposentadoria por tempo de contribuição
A proposta de reforma da Previdência Social deverá mudar a fórmula de cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição do INSS. A ideia que será encaminhada ao Congresso Nacional, e que foi discutida numa reunião realizada na última terça-feira, é criar uma espécie de piso para o benefício, equivalente a 50% da média de contribuições feitas por cada pessoa ao longo da vida laboral. A esse valor será somando 1% para cada ano de recolhimento que esse segurado tiver feito ao INSS.
Por exemplo, caso um homem comece a trabalhar aos 23 anos, ele terá que permanecer no mercado até os 65, já que esta será a idade mínima necessária para pedir o benefício. Ou seja, essa pessoa vai recolher para o INSS por 42 anos. Portanto, aos 50% da média das contribuições serão acrescidos 42% (1% a cada ano trabalhado), totalizando um benefício equivalente a 92% da renda a que teria direito. O problema é que, dificilmente, alguém chegará a 100%, a menos que passe dos 65 anos na ativa.
A nova metodologia defendida pelo governo, de acordo com uma fonte ligada ao grupo que trata do tema, foi a saída encontrada para diminuir a resistência dos sindicatos contrários às mudanças na concessão de benefícios. A ideia é facilitar a discussão do projeto no Congresso Nacional.
As centrais sindicais não aceitam a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição, e afirmam que estabelecer esse limite em 65 anos, para homens e mulheres, afetaria os contribuintes mais pobres, que começam a recolher muito jovens para a Previdência Social. Porém, já é praticamente consenso entre os técnicos do governo que a idade mínima para requerer o benefício será criada.
O texto da reforma, que já está praticamente fechado, ainda depende de consenso sobre as regras de transição para quem tem mais de 50 anos. A ideia é que esse trabalhadores mais velhos não precisem chegar aos 65 anos de idade trabalhando, já que estão há mais tempo no mercado. Também há dúvidas de como a reforma atingirá os servidores públicos e os militares.
Regra causa controvérsia entre técnicos
Segundo uma fonte ligada ao tema consultada pelo EXTRA, é difícil que a regra seja aprovada sem ajustes, pois o novo método seria pior do que o fator previdenciário — fórmula ainda usada no cálculo da aposentadoria, que incentiva o trabalhador a ficar mais tempo na ativa para receber um benefício maior. Para o especialista, pelo novo modelo sugerido pelo governo, quem contribuiu por mais tempo ficaria em desvantagem em relação ao segurado que recolheu por um período menor, o que desestabilizaria a nova regra:
— Não conheço um país do mundo que exige 50 anos ou mais de contribuição para conseguir a aposentadoria integral. Este é o grande problema da nova regra. A ideia é criar uma norma que seja neutra para todos, e que todos os segurados tenham ganhos proporcionais aos tempos de contribuição para o INSS.
A ideia do governo federal é tentar aproximar o novo cálculo à regra que já existe para a aposentadoria por idade (60 anos, mulher; 65, homem). Hoje, a forma de calcular esta modalidade funciona da seguinte forma: são 70% da média das contribuições, mais 1% para cada ano de recolhimento. Por exemplo, se uma pessoa contribuiu por 15 anos, a aposentadoria dela será de 85% (70% mais 15%). Se ela tivesse direito a um benefício integral de R$ 2 mil, por exemplo, receberia 85%, ou seja, R$ 1.700.
Fonte: EXTRA
57 Comentários
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Precisa acabar com os privilégios dos três poderes, isso ninguém comenta nada.Um ministro STJ ganha 102.000,00 liquidos, onde está a moralidade desse país? continuar lendo
A moralidade passa longe dos três poderes. Façam o que eu digo, mas não faça o que eu faço. continuar lendo
Perdoe a minha ignorância, comecei a trabalhar com 15 anos de idade em 1985, tenho 3 anos e 7 meses de CLT, 3 anos de Força Aérea Brasileira, 23 anos de Serviço Militar Estadual (Bombeiro de SP), e estou a menos de 4 meses de aposentar me, trabalhei em minha carreira aproximadamente até hoje 103.880 horas, fora as horas empenhadas em períodos de cursos, estágios, treinamentos, escalas extras, missões. Olhando a tabela é melhor o cidadão ficar sem conseguir emprego formalizado até os 40 anos de idade e contribuir por 25 anos e ter direito a 75% da apostadoria integral, é isso. continuar lendo
Por que não trabalhar na formalidade apenas com 64 anos? Você contribui por 1 ano e recebe uma aposentadoria de 50%. Mas se você ganhar apenas salário mínimo então você tem aposentadoria de 100%. hahaha. continuar lendo
O que eu com sessenta e sete anos, 43 dedicados a sala de aula no ensino médio público, já aposentado e tendo que voltar a trabalhar, 36 meses sem correção salarial (aumento é um luxo que desconhecemos), posso esperar? Posso me re-aposentar com 50% + 10 anos. Eu topo já. continuar lendo
Isso é o que dá romper com a legalidade, e permitir o golpe, que aprenda os apoiadores, um verdadeira manobra suja, qualquer pessoa que entenda um minimo de previdenciário sabe que não existe deficit na previdência, triste, mas para isso que apoiamos o golpe. Desculpe-me pelo desabafo, mas é de se indignar. continuar lendo
As mesmas pessoas que apoiaram o golpe parlamentar, serão as que em um futuro próximo estarão a condenar a supressão de direitos que está posto à mesa do atual governo. Sem esquecer de mencionar que após certa idade, mesmo você tendo ampla experiência em determinada profissão, as oportunidades são diminuídas com o passar dos tempos. Logo, chegar aos 60/65 anos para aposentar-se e com saúde, será luxo de poucos. Lamentável!!! continuar lendo
O problema é entender o mínimo de previdenciário!
Eu sou contador e confesso que é bem complicado de entender estas teses de que não existe deficit na previdência. Não é só contabilidade e matemática, tem um pouco de juridiques no meio (Constituição Federal principalmente)
Mas no final dos contas a União tem que colocar a mão no bolso do mesmo jeito. Pior!!! no nosso bolso!!! continuar lendo
A impressão que passa é que Michel Temer será o único a tentar mudanças na Previdência Social. Não é.Color de Melo desvinculou os aumentos dos benefícios do S.M. fazendfo com que caisse ano á ano o valor das aposentadorias daqueles que haviam contribuido com 20 ou até 10 S.M. F.H.Cardoso criou o famigerado "fator previdenciário". Lula da Silva incluiu na lei geral da Copa, um prêmio de R$ 100 mil e aposentadoria "pelo teto" a todos os jogadores (titulares e reservas) das copas de 1958,62 e 70, e jogou a conta para a Previdência Social pagar. Dilma Rousseff MANTEVE tudo o que foi criado pelos seus antecessores e ainda VETOU aumentos concedidos pelo congresso nacional.O que Michel Temer quer fazer, é muito grave para com os trabalhadores tanto os futuros como os atuais aposentados, mas...não é o único.Todos que passam pelas presidencia, se sentem no direito de dar seus pitacos e sempre em detrimento dos trabalhadores.Por que não tentam mudar as regras que regem os benefícios e aposentadorias dos "parlamentares e dos funcionários do judiciário" ? Sabemos todos que o propalado "déficit" da Previdência é uma falácia e facilmente comprovado.Mas a midia tendenciosa apenas repete o que diz o executivo, deixando-se levar por ministros que nada mais são que capachos dos governantes.Tivessemos uma midia independente e esse assunto seria debatido com isenção, em cima dos numeros oficiais e não do que se propaga como verdade e sabemos todos ser mentira. E o que dizer da DRU que a todo momento permite que o governo USE até 30% do dinheiro da Prev.Social para outros fins?
Penso que é hora do povo participar dessa discussão, sob pena daqueles que contribuiram com 20 ou 10 S.M., caiam na vala comum do 01 Salário Minimo. continuar lendo
A reforma da Previdência é mentirosa. O governo atual quer apenas aumentar o tempo de aposentadoria. Isso é injusto. Contribui-se por muitos e muitos anos; trabalhe-se por anos a fio, e, é possível que muita gente nem chegue a desfrutar da aposentadoria. Virá sobre si as enfermidades, e a consequente morte. Nesse jogo só quem ganha é o governo. Não há défice, mas desfalque na previdência por conta de irregularidades provocada pelo mesmo governo. Os desvio de objetivos das finânças é o problema central. Como é que um órgão arrecada tanto e vive caindo das pernas? A culpa não é do contribuinte. Este não merece ser penalizado. A outra assertiva é que o governo que negociar com sindicatos que não representam os segmentos sociais. O sindicalismo está comprometido politicamente. Portanto, o povo precisa ser ouvido, sim. Não é os sindicatinhos presentes em gabinetes de técnicos que vão dar destino à vida das pessoas. É hora do trabalhador brasileiro se manifestar e indignar-se. Acorda povo!!! continuar lendo
Tenho pena daquele fulano que começou a trabalhar com 10 anos na roça e agora com 50 anos terá que esperar mais 15. O pior é que ele estava lá batendo panela e xingando. A Dilminha deve estar tendo orgasmos de tanto rir. Pode ter certeza que os tataranetos da distinta presidenta não precisarão preocupar-se com aposentadoria.
Obs.´. Onde lê-se "Nesse jogo só quem ganha é o governo."
Acredito que ficaria melhor:
Nesse jogo só quem ganha é os políticos.
Desculpe a intromissão. continuar lendo
Falou tudo! continuar lendo